Manuela Ferreira Leite (MFL) colocou a questão do comportamento ético dos candidatos num patamar tão elevado que só poderia dar nisto: MFL usa carro do Estado em campanha eleitoral na Madeira.
No contexto da política madeirense, Estado e partido são, no essencial, uma e a mesma coisa, pelo que nada teria de errado a utilização de um bem público para a prossecução de interesses do PSD Madeira.
O problema é que MFL também lá estava. A história da verdade, disparada sem tino mais de um milhão de vezes para que acabasse por ficar na boca de todos, só podia, mais tarde ou mais cedo, virar-se contra a autora.
E bem pode MFL vir dizer que não sabia ou que a gravidade do acto é menor do que a de outros, pois a imagem da verdade está manchada...
... e MFL fez mais um péssimo serviço para a política portuguesa!
A ideia de que "todos são iguais" ganha mais alguns adeptos... e a VERDADE é que nem todos são iguais. Só que a distinção não é a de MFL.
A honestidade, para ser sentida como real, tem de partir de dentro de cada um, dependendo desse exercício, difícil mas essencial, parte do nosso futuro enquanto grupo organizado de pessoas.
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