Queremos esperança. Queremos mudança. E lá vem um tipo a prometer tudo isso. Lá vem um tipo que, à superfície, parece que vai mesmo mudar muita coisa.
Tem um imenso apoio popular. Sabe recitar bem os discursos que lhe escrevem. Tem um imenso apoio mundial. É jovem.
Que interessa se o seu discurso é fortemente conservador (quando lido com atenção) relativamente às anteriores medidas?Que importa se algumas das suas medidas são mesmo piores que as da anterior administração? Que importa se algumas das suas medidas têm consequências muito mais nefastas que as da anterior administração?
Afinal se toda a gente o admira, ele deve ser admirável. Afinal se os habituais mauzões o vilipendiam isso só pode querer dizer, por geniais passes de lógica, que ele é mesmo bom. Afinal se ele sabe bem articular meia dúzia de banalidades; se ele gesticula enquanto fala, se ele não tem aquele sorriso idiota...
Mas que mania de ser do contra! Que mania de ir ler! Que mania de pensar e formar opiniões!
O homem é divinizado, ó meus caros!, e este boçal tem a ousadia de desconfiar! Este boçal tem a ousadia de questionar! Este boçal tem a ousadia de não gostar nem do homem nem das suas políticas.
Tenha vergonha senhor Obama, tenha mesmo muita vergonha!
“This war has nothing to do with defending the American people”, commented a New York Times feedback contributor, “Obama’s war is the war of the overgrown military industrial complex that needs a continuous flow of dollars in order to survive”.
Another writes: “The so-called “new strategy” announced by general McChrystal is nothing but a propaganda ploy to appease the American public. The Afghan war is continued exactly as it was pursued by the defunct Bush policy. Carpet bomb everything and perhaps the enemy will disappear”.
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