É um facto, sobejamente universal e público, o espalhafato pirotécnico perpetrado pelo Jornal "A Bola", de cada vez que a equipa daquele bairro periférico de Lisboa, Benfica, ensaia uma exibição latino-afadistada que implique um score de golos marcados superior ou igual a 6. Contudo, gostaria de deixar alguns problemas aparentemente insolúveis: a) Carlos Azenha não era aquele indivíduo que explicava dominicalmente, e de forma irrepreensível, as cento e cincoenta e sete maneiras possíveis de marcar golos comendo, simultaneamente, duas bolas de berlim? a) Miguel Sousa Tavares não é aquele escritor de romances romântico-realistas capaz de assinar certidão de óbito a qualquer equipa goleada pelo Benfica concebendo, logo de seguida, duas odes e três poemas épicos a equipas que, como o Leixões, entrem em campo a cantar o hino do Porto saindo, depois de oferecerem quatro golos e duas expulsões, abraçadas à equipa técnica de Jesualdo Ferreira?c) Pablo Aimar não era aquele jogador argentino que, como afirmava Rui Santos, não jogaria três jogos seguidos?
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