E desde já se assume a história também como inelutável imperfeição, como uma dicção do tempo que torna os "olhos" do historiador "altamente perigosos" para parafrasear o espanto de Alexandre O'Neil perante a impossibilidade da apreensão da beleza – expressa nesse caso concreto pela impossibilidade do amor entre o poeta e a jovem francesa pertencente a uma outra classe social. Também nós perseguimos o concreto da história, avessos à inconformidade entre o "nosso modo funcionário" de saber e "a cidade onde o amor encontra as suas ruas", perseguimo-la obstinada e constantemente, tropeçando de ternura por ela como pobres adolescentes.
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