A análise pós-moderna diria que existe aqui um problema em torno da insistência nos conceitos «regra», «respeito» e «realidade». Além do mais, confirma também que Maquiavel circula atarantado pelos lábios dos especialistas em relações internacionais, ora invocado a propósito do pragmatismo amoral - a «real politik» de um alemão pseudo-romãntico de casaca e veia inchada no pescoço -, ora obnubilado a propósito da análise científica do real - em que perigosamente, Raposo desliza a todo o momento para o socialismo científico, espectro repugnante que, manifestamente, nunca conheceu o belo palácio neuronal de Raposo. Quando até um indíviduo com aparentes problemas de focagem ocular, como Peres Metello, termina um programa de debate citando o ensinamento bíblico colocado na boca de Pilatos, é triste ter de recordar pela enésima vez a Henrique Raposo que a verdade em política, e esse é o seu encanto, é uma questão tão concreta como a performance de Quim na baliza daquele clube popular de um bairro periférico de Lisboa: depende do resultado final.
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