Uma das coisas que me preocupa é que ao invés de nas escolas se ensinar a independência e a procura do saber pelo saber (é que não há liberdade sem haver educação) o que se inculca nos alunos é o gosto pela conformidade e pela banalidade.
Pensamento auto-crítico não se ouve falar. Pensamento crítico então nem sequer chega a ser miragem. Não vão os putos às tantas começarem a questionar o saber convencional. É chegar, sentar, calar, e emular. Com muito pouco espaço para haver uma qualquer comutação entre estes quatro passos.
Deixo aqui uns quantos links e pode ser que no futuro volte a este tema com um texto mais bem estruturado:
- "Quem escreveu este texto?"
De imediato, ergueram-se vinte e tal braços, que os putos acabaram por baixar, no meio de grande embaraço e confusão. Não satisfeito com a reacção e sem delongas, o professor passou à leitura do segundo texto, que era clone do anterior, e repetiu a pergunta:
- "Quem escreveu este texto?"
Alguns alunos ainda esboçaram um levantar de braço, mas rapidamente suspenderam o gesto.
Folha Dirigida — Como o senhor conseguiu manter o processo da Ponte escondido do Ministério da Educação por longos dez anos?
José Pacheco — Foi um milagre. Nem sei explicar. Foram dez anos de clandestinidade. E foi isso que nos salvou. Por isso tu agora podes entender porque eu não digo quais são as escolas brasileiras que mostram qualidade, porque se fosse antes, teríamos acabado, ou teriam acabado conosco.
Ps: Tão importante quanto aprender conteúdos, é aprender a pensar. E a pensar sobre o pensar. As escolas que não estiverem conscientes dessa necessidade incorrem num erro de omissão, cujas consequências Ramalho Ortigão descreveu do seguinte modo: "Aprende-se de tudo menos a descobrir, a pensar, a sentir conscientemente, analisando, criticando. Tem-se uma educação por via da qual se pode chegar a ser deputado, mas nunca um homem".
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