sexta-feira, 15 de maio de 2009

Talvez seja tempo de experimentar o machado (ou o martelo pneumático)

500 mil desempregrados, um magnífico resultado de mais de 30 anos de paradigma socialista/social democrata. E depois há gente que ainda quer mais Estado. Se calhar, é tempo de experimentar outra coisa.
por Henrique Raposo às 15:17 (Clube das Repúblicas Mortas).



Há já algum tempo que venho alertando o caríssimo leitor para o rigor extremo na utilização de conceitos como «Estado», «Público», «Privado». Há, evidentemente, taxistas e costureiras que laboram neste erro. Contudo, eu tenho a solução! Se a todos os portugueses fosse concedido o privilégio, que digo eu, a satisfação devida de participar num curso de ciência política, seguido de um mestrado em Relações internacionais (incluindo estágio na Cova da Moura, seguido de experiência profissionalizante na redacção do Expresso) tudo seria mais claro. Como água cristalina a jorrar das profundezas do granito. Que estas coisas das relações e da ciência querem-se como a política (profundas e cristalinas).

3 comentários:

Nelson Gonçalves disse...

O triste facto é que 30 anos de ditadura do Salazar fez muito mais pelo país que 30 anos de democracia versão socialista.

Eu não quero obviamente voltar a um regime ditatorial nem ao Portugal dos anos 60 (talvez dos 50 em que o SCP ganahava tudo). Mas o actual não serve e é preciso perceber como podemos ter crescimento económico sem ditaduras. Eu (ainda) não sei como fazer isso.

binary solo disse...

Nelson, lá voltas tu com o Salazar. Havemos de falar sobre isto das alternativas aos modelos actuais. A (grande) diferença é que agora o podemos fazer sem problemas. Talvez seja mesmo obrigatório que o façamos.

Nelson Gonçalves disse...

Eu não sou fã do Botas. Nos últimos quase 100 anos Portugal teve (i) a confusão da Primeira República que pavimentou o caminho para (ii) o Estado Novo e quase 30 anos de estabilidade e crescimento, que finalmente foi (e bem) tirado do poder pelo actual regime.

A mim não me chateia a parte do socialismo ou os altos e baixos da economia. Isso é a espuma dos tempos. O que me chateia é que 30 de democracia resultaram na eleição de incompetentes (e provavelmente corruptos) e eu não estou a ver saída/alternativa. Provavelmente, não fosse a UE, já teríamos um outro Salazar no poder. Isso seria, concordas, um enorme retrocesso para o país.