quarta-feira, 29 de abril de 2009
Politica da força
Uma das vantagens de se trabalhar numa empresa multinacional é que se acaba por conhecer pessoas fora do nacional. E também fora do comum. Tive na semana passada aquilo que se pode chamar de um aula de politica africana concentrada. Dada por quenianos e ugandeses. Fiquei a saber que a lógica é esta: todos tem fome. Comida, poder, etc. Assim um dia o sujeito X chega a presidente de um país à lei da bala. Como tem fome enche a barriga e a dos seus. Passado uns anos a encher começa a preocupar-se com o resto da população, providenciando que tenham acesso a alguns serviços básicos, como estradas ou telemóveis para falarem. Aqui entra a lógica destruidora: pensa o povo, não mudemos para outro porque senão vai querer encher a barriga também, e fiquemos com este que já esta cheio. É uma espécie de governação Isaltino ou Felgueiras em que se pode matar à vontade quem atrapalha ou quer simplesmente mudar o rumo. Mas aparentemente convive-se com este modo de vida com um a vontade preocupante. A única coisa que concordaram é que o se passa no Sudão é uma tragédia, e que aquilo é só malta doida. Ou como mostra aqui a JR uma vergonha do tamanho dos investimentos dos povos ricos.
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