sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
0-5
Pior que tentar ver o jogo na internet com cortes e reboot ao pc, foi ver mário crespo entrevistar a gravata de rui santos após o jogo. O esforço notável da gravata de rui santos não explodir quando crespo lhe pergunta se ainda havia hipotese ao sporting na alemanha foi algo que me fez rir mais do que a rasteira de polga a tonel antes do primeiro golo. De facto mário crespo percebe tanto de futebol como a gravata de rui santos. O próprio rui santos não percebe a sua gravata. Depois disto aguentei e ainda vi o resumo do jogo. O futebol é ingrato. E por isso é que vamos aos estádios. Gostamos do imprevisto. Mas custa levar cinco secos. A derrota é coisa feia mesma. Mas absolutamente inevitável.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Carnaval na rua
Entretanto e voltando à realidade, as más noticias continuam. O desemprego teve um aumento vertiginoso contrariando um Sócrates relativista que diz que podia ser pior. A economia Alemanha está muito mal (vai contrair 5% este ano, com impactos na UE toda). É o fim dos tempos. A montanha pariu um rato que foge enquanto a água continua a entrar. Enquanto isso há quem diga que é carnaval e ninguém leva mal.
As memórias que permanecem
Ao ver o trailer já sabia que era especial. Depois de ver, apenas a confirmação de que terei que o ver mais do que uma vez. O extraordinário exercicio de memória e da forma como ela nos liga aos outros. O passado vive dentro de nós. Não ganhou nada nos óscars. Não precisa disso. De facto os filmes não precisam de prémios. Apenas estão para activar novos impulsos. Memórias. Como puzzles na nossa cabeça. Luzes que caem do céu, numa praia distante:
ps esta cena é tão boa, tão arrepiante, que logo ao inicio do filme fiquei sem palavras. Acabei porencontrar o realizador Ari Folman a comentar esta super-cena.
ps esta cena é tão boa, tão arrepiante, que logo ao inicio do filme fiquei sem palavras. Acabei porencontrar o realizador Ari Folman a comentar esta super-cena.
Elogio da vitória
No sábado passado, houve momentos do jogo (houve memórias) em que se podia ter chegado bem mais perto deste resultado:
Temos pena Alf. Temos pena.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
A fechar a semana
É de admirar o esforço da Fernanda Câncio em defender Sócrates face a esta nova história. O amor é lindo.
De referir o que aqui é dito de forma inteligente: «As pessoas julgam que a sociedade se rege pela moral, mas isso não é verdade; nós regemo-nos pela lei, e por isso não interessa saber se as coisas foram certas ou erradas, mas sim se foram legais».
De referir o que aqui é dito de forma inteligente: «As pessoas julgam que a sociedade se rege pela moral, mas isso não é verdade; nós regemo-nos pela lei, e por isso não interessa saber se as coisas foram certas ou erradas, mas sim se foram legais».
Livestrong
Há semanas antrás subscrevi o twitter do Lance Armstong. Tem sido fascinante acompanhar a vida do homem. É saber quando leva os miudos a escola, quando vai treinar, fotos que tira, etc. De tudo e aquilo que nunca imaginei é que o homem tem muito bom gosto musical:
Getting a massage now. This Genius feature on the ipod is great, eh? Bon Iver, Fleet Foxes, Band of Horses, Cat Power, The National, Sufjan
A ultima é que a bicicleta de TT que ia utilizar na Volta à California que lhe tinha sido roubada há dias foi encontrada.
Getting a massage now. This Genius feature on the ipod is great, eh? Bon Iver, Fleet Foxes, Band of Horses, Cat Power, The National, Sufjan
A ultima é que a bicicleta de TT que ia utilizar na Volta à California que lhe tinha sido roubada há dias foi encontrada.
Coisas. São só coisas
O album é antigo. Já o tinha ouvido. Mas algo me fez voltar. E ainda bem. São apenas coisas destas.
As palavras saem-me da garganta arranhada
Estive uns dias sem colocar aqui nada. Falta de tempo e de motivação. Pergunto-me muitas vezes para que o faço. Se há razão em escrever o que tantos outros fazem. Como conseguem os bloggers da primeira divisão escrever tanto e sobre tanta coisa? dedicação? talvez. Entretanto muito se passou. Darwin celebrado. 200 anos de evolução na teoria que revolucionou o mundo. Também António Lobo Antunes deu uma entrevista ao DN. Em jeito de despedida diz que vai parar de publicar. Admiro-lhe as palavras:
"Há uma guerra e uma interacção entre as personagens e o autor e, normalmente, este tenta esconder-se nos livros. Aqui está exposto, com as suas incertezas e fraquezas. E quem é que comanda a escrita? É o autor, é aquilo que o habita, aquilo a que Llorca chamava o duende e o demónio que o habita? De onde vêm os livros é uma coisa que sempre me intrigou. De que região nossa? Ou será que é uma região de outra pessoa? Quem escreve? É a minha mão que escreve, é outra mão na minha mão? É meditado?
- As personagens questionam essa origem..
Exactamente. Até que ponto o livro é do autor ou ele foi apenas um meio de que o livro se serviu para existir? É um problema que sempre se me pôs enquanto leitor em relação aos grandes livros. A Guerra e Paz é feita pelo Tolstoi ou através do Tolstoi? A grande literatura, a grande pintura e a grande música é feita pelos autores dos livros, dos quadros ou das sinfonias ou por uma outra entidade que, por hipótese, é comum a todos e que toma diferentes tonalidades consoante a personalidade?
- Mas que outra entidade é que poderia ser?
Não sei, será Deus que escreve pela nossa mão?
- Porque sentiu desta vez estas questões?
Essas perguntas sempre existiram em mim, mas agora já estou à vontade para as fazer e, também, à vontade do ponto de vista técnico para o fazer. Os outros livros têm-me obrigado, como diz o Beckett, a entender que "pensar é ouvir com mais força" e se estivermos atentos começamos a ouvir. Tinha-me dado conta de que as minhas duas/três primeiras horas de escrita são perdidas porque estou demasiado atento e só quando a atenção está difusa e ao mesmo tempo fixa - é quase um paradoxo - é que tudo começa. Há pessoas que escrevem de outra maneira, mas julgo que as grandes obras têm que ser produzidas assim, como os filhos que não são nossos, mas também não são de mais ninguém. Isso põe-me outro problema que é: até que ponto é legítimo ter o meu nome enquanto autor do livro.
- Mas é o corpo usado para escrever o livro!
Pois Uma vez o Eduardo Lourenço disse- -me: "O que tu escreves faz-me lembrar aquele soneto do Pessoa que começa 'Emissário de um rei desconhecido'." Isto é muito curioso porque me torna modesto em relação ao que fiz, porque não o tenho como meu e a única coisa que fiz foi trabalhar. É evidente que houve uma parte minha, porque sempre me construí para escrever, mas, por exemplo, tenho muita dificuldade em ler seja o que for que escrevam sobre mim. Tenho sempre medo de secar a fonte, tenho de me proteger como a galinha protege os ovos e, acabados os livros, não olhar mais para eles, não ler textos de análise. Tento preservar esse mistério porque se o compreendesse deixaria de escrever. Cada vez mais me parece que sou apenas um meio e que qualquer outra pessoa que tivesse feito o mesmo caminho escreveria exactamente as mesmas coisas que eu escrevo.
- Isso é pouco plausível.
Eu acho que pode ser assim e se alguém vivesse tão totalmente para isto como eu escreveria as mesmas coisas, as mesmas palavras pela mesma ordem e este livro era inevitável.
- Não precisava da sua vivência para ser assim escrito?
Não sei, as nossas vivências são todas tão parecidas. Os problemas e as angústias fundamentais são sempre as mesmas, as questões que se nos põem também. Os primeiros livros provavelmente eram autobiográficos, os factos eram todos reais e não havia ali quase nada inventado, mas agora não. Isto não é autobiográfico, é nada eu sendo tudo eu - não sei explicar isto melhor - e, portanto, não me pertence. Daí não poder existir vaidade e o único orgulho é ter trabalhado muito"
"Há uma guerra e uma interacção entre as personagens e o autor e, normalmente, este tenta esconder-se nos livros. Aqui está exposto, com as suas incertezas e fraquezas. E quem é que comanda a escrita? É o autor, é aquilo que o habita, aquilo a que Llorca chamava o duende e o demónio que o habita? De onde vêm os livros é uma coisa que sempre me intrigou. De que região nossa? Ou será que é uma região de outra pessoa? Quem escreve? É a minha mão que escreve, é outra mão na minha mão? É meditado?
- As personagens questionam essa origem..
Exactamente. Até que ponto o livro é do autor ou ele foi apenas um meio de que o livro se serviu para existir? É um problema que sempre se me pôs enquanto leitor em relação aos grandes livros. A Guerra e Paz é feita pelo Tolstoi ou através do Tolstoi? A grande literatura, a grande pintura e a grande música é feita pelos autores dos livros, dos quadros ou das sinfonias ou por uma outra entidade que, por hipótese, é comum a todos e que toma diferentes tonalidades consoante a personalidade?
- Mas que outra entidade é que poderia ser?
Não sei, será Deus que escreve pela nossa mão?
- Porque sentiu desta vez estas questões?
Essas perguntas sempre existiram em mim, mas agora já estou à vontade para as fazer e, também, à vontade do ponto de vista técnico para o fazer. Os outros livros têm-me obrigado, como diz o Beckett, a entender que "pensar é ouvir com mais força" e se estivermos atentos começamos a ouvir. Tinha-me dado conta de que as minhas duas/três primeiras horas de escrita são perdidas porque estou demasiado atento e só quando a atenção está difusa e ao mesmo tempo fixa - é quase um paradoxo - é que tudo começa. Há pessoas que escrevem de outra maneira, mas julgo que as grandes obras têm que ser produzidas assim, como os filhos que não são nossos, mas também não são de mais ninguém. Isso põe-me outro problema que é: até que ponto é legítimo ter o meu nome enquanto autor do livro.
- Mas é o corpo usado para escrever o livro!
Pois Uma vez o Eduardo Lourenço disse- -me: "O que tu escreves faz-me lembrar aquele soneto do Pessoa que começa 'Emissário de um rei desconhecido'." Isto é muito curioso porque me torna modesto em relação ao que fiz, porque não o tenho como meu e a única coisa que fiz foi trabalhar. É evidente que houve uma parte minha, porque sempre me construí para escrever, mas, por exemplo, tenho muita dificuldade em ler seja o que for que escrevam sobre mim. Tenho sempre medo de secar a fonte, tenho de me proteger como a galinha protege os ovos e, acabados os livros, não olhar mais para eles, não ler textos de análise. Tento preservar esse mistério porque se o compreendesse deixaria de escrever. Cada vez mais me parece que sou apenas um meio e que qualquer outra pessoa que tivesse feito o mesmo caminho escreveria exactamente as mesmas coisas que eu escrevo.
- Isso é pouco plausível.
Eu acho que pode ser assim e se alguém vivesse tão totalmente para isto como eu escreveria as mesmas coisas, as mesmas palavras pela mesma ordem e este livro era inevitável.
- Não precisava da sua vivência para ser assim escrito?
Não sei, as nossas vivências são todas tão parecidas. Os problemas e as angústias fundamentais são sempre as mesmas, as questões que se nos põem também. Os primeiros livros provavelmente eram autobiográficos, os factos eram todos reais e não havia ali quase nada inventado, mas agora não. Isto não é autobiográfico, é nada eu sendo tudo eu - não sei explicar isto melhor - e, portanto, não me pertence. Daí não poder existir vaidade e o único orgulho é ter trabalhado muito"
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Para mim ganham sempre
Ontem não ganharam o prémio para melhor album do ano, mas deram de certeza uma das melhores actuações da noite. Sempre a inovar:
Resta que os Coldplay também não ganharam o prémio (embrulha Alf!), apesar do single Viva la vida ter sido escolhido como o melhor do ano...
O mais curioso é que cheguei ao video via Lance Armstrong :)
Resta que os Coldplay também não ganharam o prémio (embrulha Alf!), apesar do single Viva la vida ter sido escolhido como o melhor do ano...
O mais curioso é que cheguei ao video via Lance Armstrong :)
14000000000
Ouvi esta noticia há dias. Passado o choque inicial, anoto aqui o Problema:
"Todos os anos as estatísticas vêm mostrando que Portugal tem entre 10 e 14 mil milhões de euros em dívidas fiscais por cobrar. O valor corresponde a cerca de 10% da riqueza produzida num ano, e daria para pagar, por exemplo, cinco planos anticrise, mais de dez pontes Vasco da Gama ou mais de três défices orçamentais."
Enquanto ninguém assumir isto como prioridade nº1 a ser resolvida, em qualquer que seja o cenário politico que temos pela frente, isto simplesmente não vai a lado nenhum. São 14 mil milhões de euros. É muita massa.
"Todos os anos as estatísticas vêm mostrando que Portugal tem entre 10 e 14 mil milhões de euros em dívidas fiscais por cobrar. O valor corresponde a cerca de 10% da riqueza produzida num ano, e daria para pagar, por exemplo, cinco planos anticrise, mais de dez pontes Vasco da Gama ou mais de três défices orçamentais."
Enquanto ninguém assumir isto como prioridade nº1 a ser resolvida, em qualquer que seja o cenário politico que temos pela frente, isto simplesmente não vai a lado nenhum. São 14 mil milhões de euros. É muita massa.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
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