Hoje de manhã, antes de entrar na aula recebo um mail dum amigo que me contava um insólito (típico de um português) e que gostaria de partilhar com o caro leitor. Percebo, com o texto que se segue, o porquê da razão de eu e os amantes da velocidade, não respeitarem os "limites" de velocidade, nas estradas portuguesas. Afinal, quem anda a 180 Km por hora (nas auto-estradas) não está mais a andar à velocidade mínima, legalmente exigida a um condutor. Obviamente, percebo ( e o caro leitor também irá perceber) o porquê das marcas fazerem carros potentes ( até 1001 cv com 8000 cm3 como o buggatti veyron, que atinge os 407 km por hora). Ora essas marcas de automóveis não fazem mais do que "a sua obrigação", que é a de zelar pelo cumprimento das normas do código da estrada.
Aqui se segue o texto, de um episódio dum professor da minha "escola", o Instituto Superior Técnico. Parece ter sido verídico este acontecimento, e na minha opinião, este professor merecia uma estátua.
"Argumentação de um português que foi apanhado a 250 Km/h numa estrada onde o limite era de 70 Km/h.
Ex.mo Sr. Dr. Juiz,
Meretíssimo:
Confirmo que vi na estrada a marca de 70 em números negros inscritos num círculo vermelho, sem qualquer informação de unidades.
Ora, como sabe, a Lei de 4 de Julho de 1837 torna obrigatório em Portugal o sistema métrico, e o Decreto 65-501 de 3 de Maio de 1961, modificado de acordo com as directivas europeias, define, como unidade DE BASE LEGAL, as unidades do Sistema Internacional, SI. Poderá confirmar tudo no site do Governo.
Ora, no sistema SI, a unidade de comprimento é o "Metro", e a unidades de Tempo é o "Segundo". Torna-se portanto evidente que a unidade de Velocidade é o "Metro por Segundo". Não me passaria pela cabeça que o Ministério aplicasse uma unidade diferente.
Assim sendo, os 70 Metros por Segundo correspondem, exactamente a 252 Km/h. Ora a Polícia afirma que me cronometrou a 250 Km/h o que eu não contesto. Circulava portanto 2 Km/h abaixo do limite permitido.
Esperando a aceitação dos meus argumentos, de V. Exa.
António Nogueira"
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