No Olimpo, onde senhores saboreavam do discurso coerente
e manipulavam os gentios no real jogo do xadrez,
Constrangiam o defluir do pensador
que questionava qualquer metáfora abstracta
e que provocava o acordar dos fiéis
O homem, fiel da religião do ressentimento
Que desposjava do necessário pensamento
Adulterado pela génese filológica dos semideuses
confluía para o caminho dos sacrifícios,
O caminho dos escravos em direcção à Roma do Nada
Porém, o animal que serenava do ateísmo da palavra,
zumbia por entre o iluminismo do pensamento
e mantinha-se sóbrio ao assédio do discurso incoerente.
Assim ía o pensador do Olimpo, amigo de Narciso,
o pensamento que devolvia ao escravo a sua liberdade
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