"Dificilmente se poderia pedir a Luiz Felipe Scolari uma confirmação mais eloquente da sua falta de carácter. No rescaldo de uma derrota (mesmo não contando para nada tratou-se de uma derrota), em vez de procurar justificar o que correu mal, contenta-se em insinuar que estava tudo decidido de início, e que o resultado mais não foi do que um presente de despedida para a selecção Suíça. Com a maior das ligeirezas, pôs em causa a integridade moral quer da equipa de arbitragem quer da organização do evento. É triste constatar como Scolari tão rapidamente assimilou a mentalidade lusa: quando ganhamos, é porque somos os mais fortes, quando perdemos é porque o árbitro não nos deixou ganhar (árbitro esse que, bem entendido, não passa de um testa-de-ferro de interesses escondidos, dos "grandes", desses que não perdoam que os "pequenos" portugueses andem por aí a chegar a finais de campeonatos).
Haja dó. Mau perder e falta de categoria é o que não falta em Portugal. Compreende-se mal a necessidade de importar treinadores e de lhes pagar três milhões por mês. Qualquer tuga bigodudo da divisão de honra fazia o mesmo por cem vezes menos, mais umas imperiais de vez em quando."
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