Regressado da migração típica de descanso do pessoal, faço agora um resumo do que foi estar em Nova Iorque, Philadelphia, Newark, Roselle. Uma tentativa de manter viva a memória. Atenção que é longo. Para aqueles que só acreditam quando vêem é por aqui
Notas prévias
1. No aeroporto: "O senhor vem do México?" seguido de 5 minutos de interrogatório sobre o meu propósito ali. Começo a pensar que depois de 8h de voo, a paciência tende a acabar.
2. No aeroporto as malas chegam a tempo.
3. Primeira imagem/sensação: estão 30ºC, um bafo abrasador e vejo o meu primeiro Humvee. E sim os táxis são amarelos.
4. De boleia vou para o meu primeiro destino: Roselle. Subúrbios de Newark. Quem já viu filmes de hollywood, tudo isto é lhes familiar. Quarteirões de casas, com jardim, e crianças a andar de bicicleta. Vejo-me no meio de um deles.
5. A noite vejo um jogo de hoquei com 2 adeptos fervorosos. Jogo estranho este. Socos e encontrões são permitidos. Apesar disto a equipa que devia ganhar, perde. E o sono vence-me depois de 24h acordado.
6. Aqui tudo é plástico. Pratos. Copos. Não há sobras. Percebe-se que o fast food foi inventado aqui.
New York: dia 1.
Comboio a um domingo de manha cheio. Chegada a Madison Square Garden. Que afinal é um prédio. Os jogos da NBA começam no 7º andar. Não quero acreditar nisto. Táxis e mais táxis. O pescoço começa automaticamente a tentar procurar o céu. A escala aqui muda. Passa de horizontal para vertical. Tudo é enorme. Tudo é imenso. A primeira visão do Empire State Builiding. O metro é feio, sujo e cheira mal. Welcome to NY. Vejo-me de novo em centenas de filmes. Primeiro museu: Met. O almoço nas escadas. Entra-se. Salas e mais salas. Repletas de obras. É impossivel ver tudo. As tantas já não vemos nada. Segundo museu. Guggenheim. Brilhante exposição. As fotos que não permitidas. Tiro algumas sem se notar. 5ª avenida. O Central Park ali ao lado. Muitos policias. Regresso a casa. Foi o primeiro dia.
New York: dia 2.
Começamos de novo por um museu: Moma. O melhor de todos até agora. De novo demasiado para ver para o tempo que se tem. 6ª avenida. Trump towers. Bombeiros em alta velocidade passam. NBC. Rockfeller Center. A desilusão de ver um espaço tão pequeno. A TV distorce a realidade. É um facto. Saint Patrick Cathedral. Uma igreja no meio de prédios gigantes. De novo a escala. Caminhamos pela 42nd até Grand Central Station. Sou de novo interrogado. Estão a fazer um survey, dizem eles. Mas o facto de ter uma mochila, e estar a tirar fotografias, deve ter ajudado. Contudo são impecáveis na forma de estar. O Chrisler Building. Um óasis no meio de tantos outros prédios iguais. Times Square. Nova dimensão. Aqui o espaço associa-se com o tempo. E a luz entra-nos pelos olhos e não conseguimos ficar indiferentes. Aqui o mundo é outro. Estamos mais à frente. E tudo é sensações. Foi o segundo dia.
New York: dia 3.
Mais um museu. Natural History. A hipotese de ver dinossauros destes não é todos os dias. Fico emocionado como uma criança. Como gelado de astronauta. Estranho no inicio mas depois agradável. Segue-se Central Park. Um zoo de gente. Uma mulher que empurra um carrinho de bébé, com 2 cães lá dentro. Um homem de fato treino cor de rosa passeia o seu poodle. Uma chinesa de vestido de noiva, que por baixo usa calças de fato de treino e ténis de marca. Tudo é permitido. Ninguém comenta. Todos vivem debaixo do mesmo céu. O john lennon morreu por ali perto. Aqui no jardim, não estamos na cidade. Somos transportados para outro lugar e a cidade fica lá ao fundo. Subimos ao Empire. Vemos água pela primeira vez. E a cidade ganha outra vida. Ao fundo Downtown. O lugar das torres. Para norte o verde de Central Park. Lá embaixo os táxis fazem um colorido tipico. Descemos à Broadway. Confirma-se: o hamburguer do McDonald's sabe ao mesmo. Times Square à noite. Nunca vi nada assim. E estive lá. A luz vibra. Aqui a fotografia não chega. Foi o terceiro dia.
New York: dia 4.
Neste dia descemos a Broadway rumo a Little Italy e Chinatown. Novos mundos dentro do mesmo espaço de cidade. Little Italy já foi italiana. Hoje restam pequenos pontos. Os chineses estão a expandir-se. Chinatown é o mais perto que estive da China. Tudo está em chinês. Peixe tão fresco que ainda respira. Rãs vivas. Mercados paralelos de tudo. Relógios. Malas. Roupa. No fim do dia o passeio de barco. 2 horas a volta de Mananthan. Uma nova forma de ver a cidade. No horizonte. A estátua da liberdade. New Jersey. Downtown. A Brooklin Bridge. O regresso é de noite. A cidade volta a transformar-se. Um espectáculo de cor. Pequenos rastos de luz. O cartão de memória da maquina que avaria. Todas as fotos tiradas nesse dia perdidas. Abençoado Google, por mostrar o software que recupera parte das fotos. Foi o quarto dia.
New York: dia 5.
World Trade Center. O buraco que lá ficou. O projecto de um novo edificio. Wall Street. O segurança que fuma charuto. A pizza de New York à fatia. O gelado do Mister Softee. A igreja de Saint Paul. Memorial do que se passou em setembro do ano que mudou a cidade. A marca é profunda. Está visivel em muitos lados. Assume aqui o seu lado mais deprimente. Em que as fotos dos que não sobreviveram olham para nós. Dica importante: não há lojas de souvenirs nesta parte da cidade. Neste dia tivemos um jantar tipido. Barbecue com hot dogs e hamburguers. Foi o quinto dia.
Philadelphia: dia 1.
Tivemos a hipotese de conhecer outra cidade. Diferente do que tinhamos visto. Mais pequena. Histórica. A América nasceu aqui. Terra do Rocky. Subir as escadas e levantar os punhos. Como quem conquista o que quiser. Foi o sexto dia.
O regresso.
A ida ao Mall. Febre das compras. E mais compras. A viagem no Cadillac até ao aeroporto. O avião para Lisboa. O dormir pouco. Ao sétimo dia vimos que tinha sido bom. E descansou-se.
1 comentário:
Obrigada pela viagem. :)
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