Entro como espectador da própria escrita
O instante, a vírgula, toda a sensação
Que impõe a representação das horas vagas
Deixo todo o ideal ascético, toda a moral
Lutarem pela subjectiva e platónica verdade
Enquanto disfruto do prazer do estoicismo;
Esta condição que me leva à felicidade
Assisto à maestria do infinito movimento
O cintilar da tranquilidade da alma,
Toda a assimilação da bela, da perfeita dança,
leva à dissipada hora do esquecimento
Debruçar-me-ei sobre essa pobre mesa;
A interpelação que o venerado tempo
me suplica a outras e tão desejadas vivências ,
O perfilado rosto da mera satisfação do poder
da enorme rejeição pela vivência mundana,
E que só agora o imperativo relógio
me abre a porta à cor do feliz silêncio
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