Esta semana em matinal viagem a caminho de Lisboa (numa A5 entupida junto ao estádio – onde se prepara uma sagaz resolução do problema da mobilidade com a construção do Oeiras valley no principal nó rodoviário do Concelho) ecoava na TSF mais um exercício da nova canção nacional: a economia de bolso. Martim Avillez de Figueiredo, jovem promessa da gestão portuguesa e lúcido director do Diário Económico, frequentador de tudo quanto mexe na área da comunicação, lançava nas ondas da rádio a receita do desenvolvimento pátrio: “numa época de globalização apenas podemos competir com os fazedores de camisolas de lã da índia e da china se formos capazes de fazer camisolas impermeáveis podendo, por isso, acrescentar um prémio ao preço de venda.” É um facto. Camisolas de lã impermeáveis merecem prémio e destaque. Juntava-se a isto a original e impressionante - dada a sua indiscutível raridade - invocação da mais valia tecnológica. A talhe de foice decepava pelo caminho os cursos de humanidades e os próprios cursadores - esses parasitas que apenas têm conseguido emprego na área do ensino (esse bicho indomável a que os liberais não sabem bem o que fazer) num passado rançoso e venezuelano que é necessário relegar para o baú das recordações. Ou seja, multiplicação de cursos tecnológicos para chular camisolas à prova de chuva aos gajos loiros da europa do norte, ou ao brasil, onde também chove muito no verão e parece que a escolaridade é menor e por isso passível de engolir produtos manhosos.
O director Figueiredo rematava com uma frase de antologia, dessas que deviam figurar nas badanas dos livros de espiritualidade à venda no centro comercial a fim de massificar, depressa e bem, a receita para vencer a crise: “as pessoas têm que entender que têm que se adaptar à economia, a esta nova economia”.
Nesta altura já a fila da auto-estrada se movia com mais desenvoltura, os carros passavam dos soluços irritados das tartarugas na praia, ao deslizar lento dos dejectos pela sanita, enquanto nas ondas da rádio me inebriavam o espírito de desenvolvimento e criação de riqueza anunicada no plano do director Avillez de Figueiredo.
Entretanto, chegado a casa depois de um dia de Biblioteca Nacional, onde me desparasitei e resei três pais-nossos para redenção das minhas culpas na prática da inutilidade e reparação do meu pecado de lesa-economia, depois de alguma navegação à vista pela net - movido por esse vento do progresso anunciado pela rádio - dei com mais uma declaração forte, grande, justificada, do director espiritual da nação económica. Agora na Sic Notícias a pluralidade em todo o seu explendor dissecava os problemas do emprego. Quem falava? O director Figueiredo. Aqui vai um pequeno comentário dessa análise forte, grande e justificada do director do Diário Económico:
“Há medida que se vão perdendo empregos vão-se ganhando empregos nestas áreas tecnológicas e de empregos mais qualificados”. Nem mais. Há quem perca o emprego é certo, mas que importa isso se passamos a ter coisas com botões que até mandam faxes e recebem, e permitem contar, inventariar, comunicar, copiar, expandir, etc. Nisto o meu gato pergunta – Ó Alf mas que é que as pessoas fazem com a comunicação se não têm nada para comunicar? Perante o meu silêncio voltou a baixar o focinho para a leitura do Diário Económico.
De maneira que, no ecrã, o director Figueiredo continuava a sua digressão: “O período de desenvolvimento da economia portuguesa empacta justamente nesta formação que os portugueses ao longo dos últimos vinte trinta anos se habituaram a ligar a um bom emprego. E que formação é essa? São sobretudo formações superiores na área das humanísticas e das ciências humanas”
O director Figueiredo rematava com uma frase de antologia, dessas que deviam figurar nas badanas dos livros de espiritualidade à venda no centro comercial a fim de massificar, depressa e bem, a receita para vencer a crise: “as pessoas têm que entender que têm que se adaptar à economia, a esta nova economia”.
Nesta altura já a fila da auto-estrada se movia com mais desenvoltura, os carros passavam dos soluços irritados das tartarugas na praia, ao deslizar lento dos dejectos pela sanita, enquanto nas ondas da rádio me inebriavam o espírito de desenvolvimento e criação de riqueza anunicada no plano do director Avillez de Figueiredo.
Entretanto, chegado a casa depois de um dia de Biblioteca Nacional, onde me desparasitei e resei três pais-nossos para redenção das minhas culpas na prática da inutilidade e reparação do meu pecado de lesa-economia, depois de alguma navegação à vista pela net - movido por esse vento do progresso anunciado pela rádio - dei com mais uma declaração forte, grande, justificada, do director espiritual da nação económica. Agora na Sic Notícias a pluralidade em todo o seu explendor dissecava os problemas do emprego. Quem falava? O director Figueiredo. Aqui vai um pequeno comentário dessa análise forte, grande e justificada do director do Diário Económico:
“Há medida que se vão perdendo empregos vão-se ganhando empregos nestas áreas tecnológicas e de empregos mais qualificados”. Nem mais. Há quem perca o emprego é certo, mas que importa isso se passamos a ter coisas com botões que até mandam faxes e recebem, e permitem contar, inventariar, comunicar, copiar, expandir, etc. Nisto o meu gato pergunta – Ó Alf mas que é que as pessoas fazem com a comunicação se não têm nada para comunicar? Perante o meu silêncio voltou a baixar o focinho para a leitura do Diário Económico.
De maneira que, no ecrã, o director Figueiredo continuava a sua digressão: “O período de desenvolvimento da economia portuguesa empacta justamente nesta formação que os portugueses ao longo dos últimos vinte trinta anos se habituaram a ligar a um bom emprego. E que formação é essa? São sobretudo formações superiores na área das humanísticas e das ciências humanas”
Fulgurante esta conclusão. Exactamente. Nestes últimos vinte anos, humanidades e bom emprego foi um casamento de sonho. Portanto, em 74 quase não havia licenciados em Portugal (é consultar o esquema para quem quiser ver as proporções) e em 80 já a minha mãe, que tem a quarta classe, espalhava fúria na minha casa porque as letras não eram futuro para ninguém e parece-me que Sócrates e Platão há pelo menos 2500 também não tinham grande vida, se não fosse a proveniência de outros rendimentos. Mas isto deve-se, concerteza, à nossa condição de retornados (além da peçonha dos rios moçambicanos) pois é evidente que nessa época toda a gente sabia (menos a minha mãe) que cursar letras era fortuna garantida sem espinhas e sem estudo.
Pelo que o director Figueiredo descobriu perspicazmente o que ninguém até agora percebeu. Os portugueses andaram trinta anos a viver à tripa forra com Kant e Weber debaixo do braço, embalados em iates, bem regados pelo vinho bordéus que as conferências sobre temas de humanidades permitiam pagar a peso de ouro. E porque é que ninguém percebeu? Porque todo o país está manietado por essa odiosa ideologia das humanísticas (bela palavra, esta mescla de humano com estatística) e não percebeu que todos os empreiteiros que nestes últimos vinte, trinta anos encheram o bandulho à custa do futebol, da corrupção e da ignorância, são professores de filologia clássica em Universidades de excepção, entregando-se nas horas de ócio ao estudo da sofística ateniense do século IV a.c., da análise semiótica das iluminuras medievais cistercienses, da flutuação dos preços do trigo no mediterrâneo no tempo de Felipe II, entre a viagem para observar a construção da nova auto-estrada e a jantarada com o presidente do Merdaleja Futebol Clube. Por isso chegámos a este estado lamentável. Estes empreiteiros – e seus milhares de sequazes formados em humanidades – em vez de se terem dedicado a estudar técnicas para desenhar camisolas de lã impermeáveis enterraram o dinheiro da nação nestas minudências das letras passadas.
Figueiredo avança fulgurante, no desvelamento da verdade: “Aí temos como sabemos essa guerra grande forte e justificada contra alguns dos privilégios excessivos que os professores tinham em Portugal. Esses privilégios excessivos explicam alguma redução dos postos de trabalho junto dos professores”.
Figueiredo avança fulgurante, no desvelamento da verdade: “Aí temos como sabemos essa guerra grande forte e justificada contra alguns dos privilégios excessivos que os professores tinham em Portugal. Esses privilégios excessivos explicam alguma redução dos postos de trabalho junto dos professores”.
Até que enfim alguém diz com clareza que é necessário guerra aos professores. Sem quartel. Até que enfim alguém repõe o mínimo de justiça neste inqualificável regime de excepção minimizando os traumas de liceu que todos temos escondidos no âmago do coração: os professores, esses malandros que nos faziam ler mais do que o Diário Económico (para quê se está lá tudo?) e ver além da SIC (para quê se lá nos explicam tudo?). Os professores…. esses malandros que ocupavam todos os lugares do estacionamento do liceu com carros topo de gama não deixando lugar para o estacionamento do meu carrinho de rolamentos, esses gatunos que traziam hordas de acessores, ocupavam toda a área nobre de Almoçageme com as suas casas com piscina; esses insurrectos que chegavam de helicóptero, deixavam gorjetas de 10 contos na cantina da escola, esses pilantras que partiam rumo às Caraíbas aos cinquenta anos, para esbanjar a sua milionária reforma usufruindo de um luxuoso sistema de saúde assegurado pelo sindicato dos professores, uma poderosa máquina de privilégios que nomeia o Papa, controla a rota dos meteoritos e comanda os ventos cósmicos.
Figuereido levanta então a sua voz, fulmina com o olhar o poderoso inimigo do progresso e anuncia ao povo sedento de justiça o seu caminho: “Estes 160 000 licenciados que perderam o emprego têm a ver com todos estes licenciados de ciências humanas que não estão ainda ajustados a estas novas necessidades da economia portuguesa (…) É importante que as gerações mais novas e que aqueles que são pais das gerações mais novas vão ajudando os filhos a perceber que o velho paradigma - em que eles (os pais) foram educados - das ciências humanas já não vai funcionar em Portugal e que esse tipo de empregos não terá postos de trabalho no futuro, por isso é necessário que nós, que os indivíduos façam a sua parte, que é ajustar a sua formação superior às condições do mercado e depois é preciso que o Estado aposte a sério nesta alternativa tecnológica.”
Muito bem. Evidentemente. Os indivíduos, sobretudo esses gajos humanísticos que babam coisas a respeito do homem, e até lêm outras coisas além da Maxmen e do Expresso, não estão ajustados à necessidade da economia. Como a economia (amen, louvada seja para sempre e seu pai santíssimo também e a virgem mãe sacratíssima) impõe mudanças no funcionamento global do sistema os gajos das humanidades não estão ajustados ao sistema. Por isso é comer e calar que todos "os processos de transição têm as suas dores de crescimento" diz Figueiredo El director (tem piada isto agora soou-me a PREC).
Melhor. Os pais têm o dever de informar os filhos que não vão para essas áreas sebentas das humanidades porque não têm emprego, a fim de que se possa extinguir rapidamente esse incómodo no qual se consome o dinheiro público, de forma a poder conduzi-lo para outras necessidades prementes como a construção de mais 240 estádios para o mundial de 2012, por meio das quais se produzirão mais 2500 empresas como a MartinFer de Paços de Ferreira (certamente habitadas por resmas de tecnológicos funcionários dando a emprego a milhões de funcionários tecnológicos devidamente formados para a utilidade da utilidade), que possa produzir empresários de risco como esses que colocam em bolsa empresas de contrução de estruturas metálicas de estádios de futebol em europeus negociados por gente de elevado gabarito e apreciável capacidade de gestão (Madaíl, Loureiros, Costa, Vieira) em articulada colaboração com políticos de prestígio e elevada competência técnica (Lello, Sócrates, Arnaut) de forma a que continuemos a privilegiar no espaço televisivo programas de três horas em que tolos regorgitem alarvidades sobre a sua desorientada cabeça e o Eduardo Lourenço seja calado pela música de fundo porque se aventure a falar mais do que dois minutos.
O leitor deve estar um pouco agoniado com tudo isto, pois pergunta certamente como podemos ter sido enganados durante tanto tempo pelos Professores que controlam as nossas crianças nas odiosas escolas públicas, mantendo o povo num indigente atraso. Calma, caro leitor, não peguemos ainda em armas contra esses vermes do ensino público pois o Director tem a solução do nossas angústias. Deixemos por isso falar uma última vez D. Avillez de Figueiredo:
“Não basta que o Estado traga uma empresa como a Microsoft e faça protocolos com uma Universidade como o MIT, é preciso que o governo faça o enquadramento de tudo isto, criar incentivos fiscais, um novo paradigma fiscal em Portugal”. Confesso que gora fiquei confuso. Pensei que a tecnologia era uma inevitabilidade do mercado, uma imposição do sistema económico que as empresas multiplicavam de olhos fechados na persecução do bem comum. Pensei que a horrenda intervenção do Estado ficava apenas para a Venezuela…
O leitor deve estar um pouco agoniado com tudo isto, pois pergunta certamente como podemos ter sido enganados durante tanto tempo pelos Professores que controlam as nossas crianças nas odiosas escolas públicas, mantendo o povo num indigente atraso. Calma, caro leitor, não peguemos ainda em armas contra esses vermes do ensino público pois o Director tem a solução do nossas angústias. Deixemos por isso falar uma última vez D. Avillez de Figueiredo:
“Não basta que o Estado traga uma empresa como a Microsoft e faça protocolos com uma Universidade como o MIT, é preciso que o governo faça o enquadramento de tudo isto, criar incentivos fiscais, um novo paradigma fiscal em Portugal”. Confesso que gora fiquei confuso. Pensei que a tecnologia era uma inevitabilidade do mercado, uma imposição do sistema económico que as empresas multiplicavam de olhos fechados na persecução do bem comum. Pensei que a horrenda intervenção do Estado ficava apenas para a Venezuela…
Foi então que percebi o meu cansaço e me deitei, consolado pelas palavras lúcidas do director assegurando o caminho do amanhã que, finalmente, depois da grande mentira comunista, volta a cantar para os nossos filhos. Toda a noite desenhei em sonhos sistemas digitais, além de um brasileiro vestido com uma camisola de lã que, de forma intermitente, aparecia na grande área e marcava o golo da vantagem na final da liga dos campeões. O Benfica jogava contra um onze poderoso (o campeão da União Soviética) formado por perigosos jogadores onde, perante cada aproximação televisiva descortinava com horror a fisionomia de Foucault (rapidissímo médio ala), Descartes (com tri-velas de envergonhar o Quaresma), Hegel (central frio e cerebral), Nietzsche ( com um domínio de bola assinalável) e na baliza, claro, Marx.
O sonho prolongou-se neste jogo de nervos. Ao intervalo tocou a campainha e quando abri a porta era um rapaz a pedir assinaturas para o Jornal Económico do Bairro. Eu sorri e disse baixinho:
O sonho prolongou-se neste jogo de nervos. Ao intervalo tocou a campainha e quando abri a porta era um rapaz a pedir assinaturas para o Jornal Económico do Bairro. Eu sorri e disse baixinho:
Martim, como todo o carinho pelo teu brilhante percurso, apenas uma recomendaçãozinha para o jornal do bairro (e um grande abraço ao Professor Freitas do Amaral - esse intelectual de incomparável gabarito que pela primeira vez me apareceu em sonhos dizendo «eis que uma economia conceberá licenciados em tecnologia»):
Experimenta uma consulta ao sítio do MIT. Depressa perceberás que o país onde bebeste essa prosa liberal em terceira mão (por via regorgitada de Oxford) tem nas suas instituições de tecnologia escolas de “humanísticas”. Ou seja, em países com economias desenvolvidas não apenas se multiplicam os cursos de humanidades – com um investimento secular em colecções de arte, documentos históricos comprados na Europa, preciosidades arqueológicas gregas – como as própias instituições de tecnologia como o Massachusetts Institute of Technology consideram essencial a formação em humanidades e promovem o emprego em “humanísticas”, criando Colégios como a School of Humanities, Arts, and Social Sciences onde existe um departamento denominado Science, Technology, and Society onde se desmontam algumas das patetices que jovens talentos da gestão por correspondência, como tu, teimam em multiplicar nos noticiários onde têm acesso, ninguém sabe exactamente porquê, nem de que forma ou critério.
Porque a questão da teconologia não está na tipologia do cursos mas no padrão de desenvolvimento e, por isso, o que dizes é um enorme disparate. É como se recomendasses a alguém que precisasse de dinheiro que para o obter devia apostar em pedir dinheiro. A tecnologia é a consequência e não a causa. A causa, meu amigo, é também uma larga disseminação de um boa formação em humanidades, aberta e especulativa, além de uma massificação do pensamento teórico (nas suas várias dimensões) além de muitas outras questões relacionadas com a participação cívica e a consciência política dos cidadãos que se envolvem no tecido produtivo com preocupação pública, coisa que, ao contrário do que todos os dias se repete, nunca abundou em Portugal.
Aliás, a própria capacidade de produzir tecnologia está ligada a um pensamento especulativo, também exercitado pelas ciências humanas, pela filosofia, pela história. Como sabes o pai de Heisenberg, aquele da incerteza - essa coisa estranha, mas familiar a tipos hesitantes como eu – era Professor de História Bizantina. Como também gosta de lembrar o meu amigo Armando, o Newton - como deves saber, pai da mecânica moderna e de grande parte da tecnologia da primeira industrialização - passava 80% do tempo a ler a Bíblia e a especular sobre astrologia e teologia, as duas coisas mais inúteis de toda a história do pensamento. Mas compreendo Martim, isto só o saberias se tivesses estudado História ou Física essas disciplinas da especulação inútil que urge substituir por licenciaturas em Engenharia das Camisolas de Lã.
Aliás, a própria capacidade de produzir tecnologia está ligada a um pensamento especulativo, também exercitado pelas ciências humanas, pela filosofia, pela história. Como sabes o pai de Heisenberg, aquele da incerteza - essa coisa estranha, mas familiar a tipos hesitantes como eu – era Professor de História Bizantina. Como também gosta de lembrar o meu amigo Armando, o Newton - como deves saber, pai da mecânica moderna e de grande parte da tecnologia da primeira industrialização - passava 80% do tempo a ler a Bíblia e a especular sobre astrologia e teologia, as duas coisas mais inúteis de toda a história do pensamento. Mas compreendo Martim, isto só o saberias se tivesses estudado História ou Física essas disciplinas da especulação inútil que urge substituir por licenciaturas em Engenharia das Camisolas de Lã.
1 comentário:
Oh alf pá desculpa lá a tua mãe tem razão. Ela já previa que os licenciados em economia é que tinham emprego garantido. Aqueles que sabem fazer muitas contas é que têm emprego...
Os outros labregos que gostam de letras não têm essa opurtunidade de trabalhar. Escrever e pensar não dá dinheiro pah...
É caso para perguntar ao sr. Director o seguinte: E o burro sou eu? e o idiota sou eu? naahhhaaha
Abraço ao alf
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