segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Prova irrefutável de que a genialidade literária é hoje um dos mais complexos enigmas do caso mental português

Num passeio fortuito, algures entre Porto Brandão e Alhos Vedros, ocorreu-me interrogar os astros sobre os aglomerados urbanos, porém, não tive tempo

Lista dos participantes no blogue, «Mais quatro anos de governo Sócrates? Jamais».

Argumento lógico-dedutivo do tipo "paga aí a minha tosta mista"

O recurso à acusação "neo-liberal" é o maior responsável por um crescente empobrecimento das nossas discussões públicas. João Maques de Almeida apelida de inquisidores todos aqueles que qualificam argumentos políticos com o epíteto "neo-liberal". Há por aí um grupo de inquisidores que anda atrás dos “neo-liberais”. Composto maioritariamente por jornalistas e políticos de esquerda, vivem entre a ignorância e a perseguição ideológica. A conclusão deve necessariamente comover o leitor perante a força do argumento aqui apresentado. Se há políticos de esquerda e jornalistas ignorantes que matam a discussão pública qualificando as políticas de direita como "neo-liberais", isso em nada deve perturbar o leitor, sobretudo se o dito leitor se sentir levado a considerar João Marques de Almeida como um jornalista (ou político de direita) ignorante que mata a discussão pública qualificando de ignorantes todos aqueles que matam a discussão pública aplicando o epíteto de "neo-liberais" a todas as políticas apresentadas por instituições profundas, como o Compromisso Portugal, que, oferecendo dados e argumentos interessantes, são merecedores de uma discussão aprofundada e séria. Não vou elaborar sobre o significado objectivo do que seriam "dados e argumentos interessantes", e muito menos me sinto apto a opinar sobre os contornos orgásmicos de "discussões sérias e aprofundadas", sendo, contudo, claríssimo como as nascentes do Alviela o facto de João Marques de Almeida rabiscar textos onde figuram conceitos como a "A Europa Kantiana", enigmas místico-filosóficos que não me sinto apto a solucionar, não me restando mais do que, anão solitário e verme repugnante, recuar para a lama dos meus pobres argumentos, meditando nas ideias da incontornável análise intitulada “O Debate sobre o Kosovo e a Insustentável Leveza dos Simplificateurs”, da pena de Marques de Almeida, e leitura que pode substituir o disco mais recente de Floribela, isto se devidamente acompanhada pelas obras completas de Elvis Presley, sobretudo o tema A Little Less Conversation .

Deve ter sido o Chavez

Deixem-me vilificar (caro leitor, bem sei que este termo não existe em português, mas encare isto como um neologismo ou então um anglicismo) um pouco o Chavez meus caros. Uma vez que nunca ninguém disse que a impressa mainstream tem o monopólio disto, acho que estou no meu pleno direito.

De certeza absoluta que sabem da confusão que existe entre a Venezuela e a Colômbia devido à base militar que os grandes, gloriosos e mui justos EUA querem colocar na Colômbia. Uma base militar que no bom velho estilo dos EUA não tem com certeza quaisquer pretensões bélicas. Se dúvidas há do amor à paz por parte dos EUA é só consultar isto, isto, isto, isto, e isto. E mais links não coloco porque acho que estes chegam bem para nos deixar bem cientes das habituais boas intenções dos EUA quando o assunto é países do terceiro mundo em geral e América Latina em particular.

Pois bem vocês não acha muito suspeito que pouco tempo após os avisos do Chavez aquele grande senhor e humanitário que é o Alvaro Uribe apareça doente com a gripe dos porcos (repare bem o quão a jeito fica esta expressão quando aplicada neste caso). Eu cá acho, e venho em primeira mão relatar o meu brilhante argumento, como dos melhores que leio em várias entrevistas por esse mundo fora, para vos avisar do quão longe vai a natureza má, torpe, vil, nefasta e funesta desse grande Satã que é o Hugo Chavez.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

E eu que andei o Verão todo a esbarrar com essa merda

No momento em que me preparava para um conclusão brilhante sobre a escola pública alguém sintonizou o rádio num tema de António Calvário

Vamos falar da escola pública. Melhor dito, vamos jogar aos paulitos e lançar a malha. Que é como quem diz vamos aquecer uma alheira de mirandela confeccionada há mais de uma semana e vomitada pelo cão da vizinha, isto para não faltar a tradicional alusão bíblica. Que é como quem lembra que o cão não deve voltar ao seu próprio vómito, mesmo sendo o dito cão pertença de uma vizinha não negligenciável. Porém, sendo eu sabujo como um cão negro volto a Henrique Raposo, autor predestinado cujos textos, não deixando os seus créditos por mãos alheiras, abrem novos horizontes de sentido, tornando qualquer fenomenologia hermenêutica uma espécie de introdução aos folhados de salsicha. Mesmo um Quim Barreiros - tiro o carro, ponho o carro - ou um José Malhoa - não me vem agora ao espírito um refrão de qualidade inquestionável entre os vários de mediana genialidade -nada podem contra o texto de João Cardoso Rosas destacado por Henrique Raposo. Acontece que Rosas navega em águas mais turvas do que a ribeira de Moscavide, desenhando esboços ético-ensaísticos que lembram um cruzamento entre César das Neves e José Mourinho, num hipotético dia em que o Inter fosse goleado pelos Unidos do Cartaxo e o Papa Bento XVI confessasse publicamente a sua inclinação homossexual. Cardoso Rosas, sendo professor de teoria política, ensina que abertura da escola pública a todos afastou dela as classes de maiores posses o que teria acabado por transformá-la num factor de exclusão social. Claro que o Professor Cardoso Rosas salta a associação entre o hipotético afastamento das classes de maiores posses e os factores de exclusão social, resultando de tudo isto, se o leitor for detentor da mais elementar honestidade, a admissão de que a origem desta ideologia é o pensamento da esquerda e uma visão irreflectida das implicações do ideal de igualdade. Neste momento estamos já perdidos, de régua e esquadro na mão, entre a suposta inclusão de um ensino que não fosse facilitista, não permitindo que as classes de maiores posses o abandonassem, e, por outro lado, as irreflexões da esquerda, incapazes de vislumbrarem as mais translúcidas reverberações do ideal de igualdade. É-me difícil compreender a partir de que instrumentos teóricos deduz Cardoso Rosas que o abandono da escola pública pelas classes de maiores posses resulte num decréscimo do nível do ensino. Se como acredita o estimado Professor, o facilitismo deriva de políticas de esquerda irreflectidas, que é como quem diz políticas onde não estão reflectidas as ideias de planeamento social do Professor Cardoso Rosas, não me parece lógico concluir que desse facilitismo decorre uma suposta exclusão social. Isto seria acreditar que a promoção social, e inversamento a exclusão dos ignorantes - lembre-se o exemplo do Professor Aníbal Cavaco Silva, que me escuso de comentar -, se efectua através da medição do capital real de conhecimento detido por cada um dos cidadãos - medição que concerteza se efectua por acção daquelas instituições que só existem nos artigos escritos por professores de ciência política. No entanto, sabe o Professor Cardoso Rosas, e sabe o cão negro que redige estas linhas, que a promoção social, como a amostragem do cartão vermelho num jogo de futebol, como o lançamento do dado no Casino da Figueira, depende de vários e complexos alinhamentos dos astros, sobretudo num território onde Professores de Teoria Política acreditam que a solução do ensino passa por uma divisão dos alunos e turmas de acordo com os ritmos de aprendizagem. Se vamos falar de ritmos, será inevitável convocar ferrinhos de Barcelos e um reco de Rio de Tinto, isto se queremos evitar o vómito antes do terceiro copo de tinto, que é a única forma de suportar um derradeiro debate sobre a escola pública, sobretudo se o mote é dado pelos clarins da ciência política, que é aquela coisa entre uma interpretação musical de Alberto João Jardim e uma curva de Philips desenhada num guardanapo da festa do Pontal.

Bom fim de semana



A primeira "fotografia" de uma molécula, por estes senhores. via sound+vision

Previsão do debate MFL e Sócrates: o é e o olhe que não

A politica da verdade

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sendo que para essa eliminação tenho aqui um frasco de vaselina mesmo à mão

Foi o que se esperava. Um grande elogio à derrota. Ainda mais que o programa do PSD

Com efeito, caro Maradona, «nós não andamos mesmo aqui a fazer nada»

Têm acesso à internet, intranet, televisão interna, revista de imprensa nacional e internacional e trabalham de portáteis abertos durante as aulas.

É hoje que Cristo vem à Terra ou é hoje que vamos ter um orgasmo colectivo, caro leitor?

É hoje, caro leitor, é hoje, é hoje!!! Imagine-se o Jorge Perestrelo a dizer isto (já vai perceber porquê). É hoje que os deuses da política vão abrir garrafas de vinho do Porto de 1835, junto das suas moradas eternas, lá nos céus, e ao estilo deste grande comentador vão bramir: Portugal, Portugal, Portugal!!! Sabe porquê, caro leitor, este meu entusiasmo matinal? Porque hoje é o dia do Apocalipse, da Revelação do "grande" Programa Eleitoral do PSD (tem de ser escrito com maiúsculas por causa da solenidade do dia).

Hoje, Cristo vem à Terra!!! S. João, no seu famoso livre Apocalipse, escreve o que o Senhor lhe disse. E lá estava no Capítulo 22, versículo 20: "...Sim. Virei brevemente." Cristo, se tiver compaixão pelos portugueses há-de vir, ainda hoje, para os salvar da Nelinha (nome carinhoso que dou a esta grande personagem, que é a Manuela Ferreira Leite). Ou então, mesmo que o Senhor fique lá por cima, não há problema. Hoje é o dia da libertação nacional. Ainda mais especial que o 25 de Abril. Hoje ninguém vê filmes para adultos, de tanta emoção que anda no ar. Nem mesmo as "Enfermeiras badalhocas - a bata ataca de novo" passa em qualquer canal de bolinha vermelha. Até a minha mãe, além da alheira, já tirou uma morcela, e prometeu-me fazer um cozido à portuguesa, só ao jantar, para "prolongar", o que vai ser, o orgasmo colectivo de todos nós, portugueses.

Mas caro leitor, para ver como Cristo está metido nisto do PSD, mandou um representante seu, um tal de João de Deus Pinheiro. Segundo este profeta, e para seu grande júbilo, a Nelinha e o Sócrates deveriam "casar-se" depois das eleições. Era o casamento do ano. Já imagino o sumo de laranja natural para todos, e nos centros de mesa do casamento, as lindas rosas do largo da Rato. O padre, segundo me apercebi é este tal de João de Deus Pinheiro. O homem, ou melhor, o profeta, já andou pela Europa, lá no parlamento, mas como sabe caro leitor, lá dominava o protestantismo, e então, o profeta voltou lá da Europa.

Segundo o novo evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo João de Deus Pinheiro, e passo a citar: "Naquele tempo, disse Jesus a João de Deus Pinheiro: Ide servo anunciar, na altura das eleições em Portugal, que para bem do meu povo, eles devem além de rezar o terço todos os dias, votar no PSD e fazer um governo de salvação nacional com o PS". Fiquei surpreendido com o Senhor. Ele de facto não quer o nosso bem. Manda-nos o seu servo a anunciar tal Boa Nova. Como é possível oh Senhor. Quer dizer Senhor: eu até percebo as medidas do PSD e a ligação do teu profecta Deus Pinheiro, à questão teológica portuguesa. As medidas, no campo da Defesa Nacional, são mais de adoração a ti, Senhor. "A transladação dos restos mortais dos portugueses mortos durante a Guerra Colonial" é a cereja em cima do bolo, e é assim que eu entendo a Tua intervenção divina aqui nesta Tua terra.

(Senhor já sei que a procura de novas casas em Portugal tem vindo a decrescer, mas mesmo assim, caro Salvador, e apesar de te preocupares com a Economia Portuguesa, acho que não vai alterar grande coisa no défice, ao mudar as eternas moradas dos restos mortais dos Portugueses. Mas se assim quiseres, Senhor, manda esses restos, aqui para Oeiras, que como o IMI é alto, o Isaltino não se importará de criar, ali no cemitério, novos jazigos para esses soldados, já mortos no Ultramar e assim contribuir para mais umas negociatas no ramo imobiliário).

Oh Senhor, sinceramente. Eu agora percebo que não é o futebol que está metido na política, nem algo do género. És tu que andas a causar a promiscuidade na política com a religião. Agora é todos os anos, Senhor? No ano passado mandaste o Jorge Coelho, na altura da Páscoa para a Mota Engil, e agora mandas o João de Deus Pinheiro para as eleições, por Braga, onde, ainda por cima, aonde tens um grande santuário??? No ano passado foste mais subtil, porque ninguém associou o apelido do Jorge Coelho, na altura festiva da Tua Ressurreição, mas eu sou esperto, meu Deus. E hoje, como foste capaz, de mandar, um teu servo, mesmo às claras da Tua dimensão perfeita para a política portuguesa?. Eu a pensar, que já bastava o Apito Dourado, mas afinal a Santíssima Trindade anda também aqui metida. Mas ó meu Deus, porque só andas com os gajos do centrão? E os da democracia-cristã? Esses é só fachada, não é? Confessa? Já nem esses vão a fátima...
E quem é que para o ano vais mandar, Senhor? A Nelinha já está também metida também nos teus esquemas. Ela já é contra os casamentos homossexuais. Não a utilizes para o ano (é um conselho meu, senão tornas-te muito repetitivo).

Senhor, já é meio dia. Antes do Cozido à Portuguesa, prometo-te não ir ver, nunca mais,filmes para adultos (se me deres a oportunidade de saborear, bem, este programa eleitoral). Já combinei com uns amigos juntarmo-nos aqui em minha casa e ter um orgasmo colectivo, quando sair essa que vai ser o Apocalipse deste ano. Mas justiça seja feita. Não posso acabar este post, que tanto me deu alegria a redigi-lo sem citar a última frase do Teu último Evangelho segundo João de Deus Pinheiro : "Seria muito benéfico para o país uma coligação PS-PSD".

Ele que é Deus convosco na Unidade do Espiríto Santo
Ámen

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Já nessa altura eu preferia Rui Santos

No dia em que morre o ultimo dos Kennedy um novo elogio a derrota

como aqui o Alf tinha escrito: "Por vezes é bom lembrar. Há qualquer coisa da madrugada no horto neste comboio que regressa. O sopro das mulheres que esperam quem não virá. O fim de qualquer coisa que quase mudou o mundo"

A mim o que mais me enervou no Titanic foi aquela parte em que todos os passageiros acreditaram que Rui Patrício era um grande guarda-redes

O Sporting é um clube sui generis: apesar do seu recorte aristocrático padece de uma espécie de afectação psico-farmacológica onde concorrem efeitos de charutos cubanos importados via Flórida e impressões sensitivas fruto da audição continuada de uma versão vadia do conhecido fado "povo que lavas no rio", sendo que logo mais, pelas 21 horas e trinta minutos, teremos Paulo Bento na sala de conferências, a entoar temas musicais de belo efeito celebrizados por Céline Dion, uma cantora belga, suiça ou luxemburguesa - mão me recorda agora -, com mais jeito para cortes defensivos do que um ex-internacional campeão do mundo conhecido pelo estranho nome de Polga.

Mais logo falamos. Tranquilidade acima de tudo

Tenho evitado falar de futebol devido as circustancias que afectam o meu clube

"Já dei este exemplo aos jogadores: o que mais me enervou no filme 'Titanic' foi, no momento em que só os miúdos e as senhoras deveriam descer para os botes de salvação, ver alguém misturar-se indevidamente. Num momento como este, quero que ninguém se exclua, que ninguém se ponha fora."

Até tento perceber o Paulo Bento, mas há uma coisa que não me sai da cabeça. O Titanic foi ao fundo. E bem depressa diga-se.

E se o Pedro Silva joga logo a noite de inicio vai ser só a ponta do iceberg.


terça-feira, 25 de agosto de 2009

O discurso

O que de melhor já li sobre a Patrocinio "não gosto de caroços"

"É que tu és mandatária para juventude do PS - uma escolha que, à partida, me pareceu acertada, já que tudo o que vem à cabeça quando olhamos para ti são os ideais do socialismo. Mas que hipótese me deste tu, agora, senão concluir que andas a contrabalançar a carência de bagas de uva com doses industriais de tintol e que, de caminho, embebedas o Nosso Engenheiro? Então com tanto jovem por aí, tanta malta a quem cuspir as graínhas não custa nada, tanto Isac Alfaiate, e logo te havia de calhar a ti a tarefa de mobilizar a faixa dos dezoito aos vinte e nove para os desafios que os próximos quatro anos de governo vão trazer. Tu és tão gira, miúda, que até dou de barato que não se te conheça qualquer dado biográfico que não seja o atrás-referido namoro com um Lobo e as tardes passadas na praia a solidificar um tipo de bronze que em 1987 já era grosseiro. Consigo perceber, também, que o facto de apresentares um programa chamado TGV há-de ter tido a sua quota parte na decisão do secretário-geral do partido. Qual comboio de alta velocidade, também tu és boa nas horas. Assim a dar pelo tornozelo do Sousa Uva, mas muito boa ainda assim (e quem sou eu para falar de alturas). Mas dava só, Carolina, para não teres dito que a mulher-a-dias te descasca as uvas?"

Porque precisamos de politicos destes?

O PSD organiza mais um ano da universidade de verão. Hoje de manha ouvia um participante que dizia: "como economista é óbvio que tenho ambições politicas". É gente deste calibre que nos espera num futuro próximo. Que se reúne a porta fechada como uma "familia" (no site do encontro diz-se "As aulas e Jantares-Conferência serão apenas disponibilizados aos membros da família da UNIV.") e que pretende seleccionar os melhores. Enfim veja-se o programa de hoje e imagine-se o que estas cabeças andam a aprender:

Programa para hoje Terça-feira, 25.Agosto

10.00 “Tensões, conflitos e riscos no Mundo”
Dr. Miguel Monjardino

14.30 “Porque precisamos de uma nova política económica”
Prof. Doutor António Borges

O João Lopes daria um melhor Rui Santos

SIC noticias onde andas tu?

"Se dúvidas ainda houvesse, aqui está a prova inequívoca: neste inquérito promovido pelo jornal Record, sugere-se explicitamente que um evento inerente ao futebol (uma vitória, uma derrota), só pode ser medido por mecanismos de "culpa" — o Sporting perdeu e é preciso encontrar "culpados".

Algumas citações

Eis chegada a hora de um nerd moment aqui no elogio. Não tenho mais nada que fazer e como já vem sendo habitual decidi debitar para aqui pensamentos de outras pessoas que por algum motivo eu acho interessantes.

Sem mais delongas cá vai disto:

The population rises exponentially,
the number of clues rises geometrically,
the number of clueful rises arithmetically.
This is why the world has problems

Charles Babbage:
On two occasions I have been asked, ‘Pray, Mr. Babbage, if you put into the machine wrong figures, will the right answers come out?’ I am not able rightly to apprehend the kind of confusion of ideas that could provoke such a question.

Godfrey Harold Hardy
It is not worth an intelligent man’s time to be in the majority. By definition, there are already enough people to do that.

Alan Turing
Science is a differential equation. Religion is a boundary condition. (Esta é capaz de ser a
melhor piada científica que conheço. A sério que é!)

“As far as the laws of mathematics refer to reality, they are not certain, as far as they are certain, they do not refer to reality.” — Einstein

Lord Kelvin
‘When you can measure what you are speaking of and express it in terms of numbers, you know something about it. When you cannot express it in terms of numbers your knowledge of it is of a meagre kind.’

Heinrich Hertz
‘We cannot escape the feeling that these mathematical formulae have an independent existence and an intelligence of their own, that they are wiser than we are, wiser even than their discoverers, that we get more out of them than was originally put into them.’

“Gravitation cannot be held responsible for people falling in love.”

“If only I had the theorems! Then I should find the proofs easily enough.”

Anyone who cannot cope with mathematics is not fully human. At best he is a tolerable subhuman who has learned to wear shoes, bathe, and not make messes in the house. (Adoro o extremismo desta.)

“Math is built with facts as a house is built with bricks, but a collection of facts cannot be called mathematics anymore than a pile of bricks can be called a house.” ~Poincare

The question of whether Machines Can Think … is about as relevant as the question of whether Submarines Can Swim.

Galileo
Philosophy is written in this grand book, the universe, which stands continually open to our gaze. But the book cannot be understood unless one first learns to comprehend the language and read the letters in which it is composed. It is written in the language of mathematics, and its characters are triangles, circles, and other geometric figures without which it is humanly impossible to understand a single word of it.

“He is unworthy of the name of man who is ignorant of the fact that a diagonal of a square is incommensurable with its side.”
Plato (429-347 BC)

“God does not care about our mathematical difficulties. He integrates empirically.” - Einstein

All mathematics is divided into three parts: cryptography (paid for by CIA, KGB and the like), hydrodynamics (supported by manufacturers of atomic submarines) and celestial mechanics (financed by military and other institutions dealing with missiles, such as NASA).

There are 10 kinds of people - those who understand binary notation, and those who don’t.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

E agora para algo completamente diferente aqui no elogio

Já faltou mais para termos robots a entrarem-nos pela porta da frente:

o Asimo da Honda e o da Toyota que corre:

Não o sabemos, mas o Outono já está ai à porta

E como não há nada melhor para dizer, ligo-me ao silêncio

Se este autor se remeteu ao silêncio que restará para dizer?

Afinal não consegui.

Atenção Portugal, hoje o Elogio da Derrota vai colocar um barrete de campino e um cachecol do Benfica na estátua do senhor rei D. Carlos, em Cascais

Sei que falta pouco uma vez que sinto uma atracção irresistível pelo silêncio. Além do mais, não tenho frequentado blogues, o que não me tendo sido útil também não foi, de certa forma, inútil. A blogosfera será, talvez, como a vida porque assim como assim o que importa é que amanhã haverá bola antes de haver cinema, já dizia um velho desdentado e, clarissimamente, convicto homossexual. Pelo meio destes últimos dias ficaram dificuldades de visão, o caminho da montanha e a vitória do Benfica diante do Olhanense, zona da costa portuguesa onde a navalha é um objecto artístico e por vezes as gaivotas desaparecem por trás de uma nuvem, se temos sorte e o sol se esconde, deixando ver, em espasmos outonais de inspiração estival, a linha do horizonte.

domingo, 23 de agosto de 2009

sábado, 22 de agosto de 2009

Descobri hoje estes textos

Uma das coisas que me preocupa é que ao invés de nas escolas se ensinar a independência e a procura do saber pelo saber (é que não há liberdade sem haver educação) o que se inculca nos alunos é o gosto pela conformidade e pela banalidade.
Pensamento auto-crítico não se ouve falar. Pensamento crítico então nem sequer chega a ser miragem. Não vão os putos às tantas começarem a questionar o saber convencional. É chegar, sentar, calar, e emular. Com muito pouco espaço para haver uma qualquer comutação entre estes quatro passos.

Deixo aqui uns quantos links e pode ser que no futuro volte a este tema com um texto mais bem estruturado:

- "Quem escreveu este texto?"
De imediato, ergueram-se vinte e tal braços, que os putos acabaram por baixar, no meio de grande embaraço e confusão. Não satisfeito com a reacção e sem delongas, o professor passou à leitura do segundo texto, que era clone do anterior, e repetiu a pergunta:
- "Quem escreveu este texto?"
Alguns alunos ainda esboçaram um levantar de braço, mas rapidamente suspenderam o gesto.


Folha Dirigida — Como o senhor conseguiu manter o processo da Ponte escondido do Ministério da Educação por longos dez anos?
José Pacheco — Foi um milagre. Nem sei explicar. Foram dez anos de clandestinidade. E foi isso que nos salvou. Por isso tu agora podes entender porque eu não digo quais são as escolas brasileiras que mostram qualidade, porque se fosse antes, teríamos acabado, ou teriam acabado conosco.


Ps: Tão importante quanto aprender conteúdos, é aprender a pensar. E a pensar sobre o pensar. As escolas que não estiverem conscientes dessa necessidade incorrem num erro de omissão, cujas consequências Ramalho Ortigão descreveu do seguinte modo: "Aprende-se de tudo menos a descobrir, a pensar, a sentir conscientemente, analisando, criticando. Tem-se uma educação por via da qual se pode chegar a ser deputado, mas nunca um homem".

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Meu querido mês de agosto

Yo Vengo a Ofrecer Mi Corazón

Por volta de 1m:45s começa:



¿quién dijo que todo está perdido?
Yo vengo a ofrecer mi corazón,
Tanta sangre que se llevó el río,
Yo vengo a ofrecer mi corazón.

¿quién dijo que todo está perdido?
Yo vengo a ofrecer mi corazón,
Tanta sangre que se llevó el río,
Yo vengo a ofrecer mi corazón.

No será tan fácil, ya sé qué pasa,
No será tan simple como pensaba,
Como abrir el pecho y sacar el alma,
Una cuchillada del amor.

Luna de los pobres siempre abierta,
Yo vengo a ofrecer mi corazón,
Como un documento inalterable
Yo vengo a ofrecer mi corazón.

Y uniré las puntas de un mismo lazo,
Y me iré tranquilo, me iré despacio,
Y te daré todo, y me darás algo,
Algo que me alivie un poco más.

Cuando no haya nadie cerca o lejos,
Yo vengo a ofrecer mi corazón.
Cuando los satélites no alcancen,
Yo vengo a ofrecer mi corazón.

Y hablo de países y de esperanzas,
Hablo por la vida, hablo por la nada,
Hablo de cambiar ésta, nuestra casa,
De cambiarla por cambiar, nomás.

¿quién dijo que todo está perdido?
Yo vengo a ofrecer mi corazón.
¿quién dijo que todo está perdido?
Yo vengo a ofrecer mi corazón.

Como eu dizia, cada vez gosto mais deste tipo. Sir Bolt

"I keep telling you guys, my main aim is to become a legend, that's what I'm working on,"

He added: "I definitely came here trying to double. Now I'm double world champion, I'm double Olympic champion so I have to defend my titles. If Queen Elizabeth knighted me would I get the title 'Sir Usain Bolt?' That sounds very nice."

Cada vez gosto mais deste tipo. Como ele dizia ontem antes da corrida: come and get me


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Finalmente, caro Alf, Roma não paga a traidores





Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, foi hoje condenado a sete anos de prisão efectiva e a perda de mandato. Bem como a pagar uma indemnização de 463 mil euros ao Estado.
O Tribunal de Sintra deu como provada a culpa do autarca em quatro crimes: fraude fiscal; abuso de poder; corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais.
O mesmo tribunal absolveu o autarca de um crime de participação económica em negócio e de outros dois crimes de corrupção passiva.

O resto da notícia, pode-se ler aqui, caro leitor:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1394518&idCanal=12